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Para as Mães os Filhos não Morrem
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Informações do produto: Para as Mães os Filhos não Morrem
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Edição Normal - 14 X 21 cm
"Há três anos, fui procurado por Kate Sierup. Ao primeiro olhar me pareceu esmada pelo sofrimento. Contou-me que tendo pedido sua filha havia pouco, no esplendor da mocidade, desejava agora perpetuar-lhe a memória numa obra de arte, já não um túmulo, mas um romance. Julguei esse um trabalho delicado, de emoção e beleza, muito acima das minhas forças. Escusei-me, mas como a visita insistisse, contando-me episódios do seu calvário, respondi-lhe: - Vejo que a literatura lhe é familiar, a senhora dispõe de invejável poder descritivo e sabe contar, de modo claro, vivo e convincente os lances do seu drama íntimo. Por que não tenta, mesmo como um derivativo da saudade, revelar aos corações sensíveis a sua solidão de mãe? Siga este conselho, do grande pensador alemão Goethe: tome e sua mágoa e componha com ela um poema...
A senhora Seierup – de rara cultura e que se mostrava disposta a todo sacrifício para, com beleza, perpetuar a memória da querida morta – despediu-se e saiu talvez desgostosa comigo, a quem, pouco ou mal informada, recorrera em sua aflição.
Tempos mais tarde, ela voltou a visitar-me. Trazia um caderno escrito a lápis e apena, até mesmo com folhas datilografadas, onde havia rasuras, emendas em tinta vermelha e apêndices colados pelas margens. E também já possuía o mesmo título que tem até hoje. Fiz a leitura desse livro que surgia. Achei-o tão límpido e comunicativo com o leitor, que não pude deixar de felicita-la: era o trabalho de uma romancista nata, e das mais notáveis! O trabalho desta escritora representa páginas de sensibilidade e de ternura, é a exaltada narrativa da mãe que, tendo perdido a jovem filha, arrebatada mais cruel das enfermidades, não quis abandoná-la no túmulo para sempre e que, depois de servi-la em vida, até o ultimo instante continua a inspirar-se em sua memória. Dispondo de meios, Kate dedicou-se de corpo e alma a diminuir dores, a confortar aflições, a amparar os pobres de esperança. Seus passos leves e graves fazem-se ouvir todos os dias nos compridos corredores dos hospitais, nos pátios quietos asilos, junto ás grandes escuras e frias das prisões. Tornou-se o bálsamo para todos os que vai encontrando pelo mundo, com uma queixa nos olhos ou nos lábios, e tudo isso ela faz por amor da filhinha que foi durante a curta vida motivo, justificação e encontro de sua existência. Agora, a autora e distingue pela terceira vez com sua visita. Já se passaram muitos meses, e trouxe-me seu livro já pronto, para entrega-lo á gráfica (*), que o lançará dentro em pouco no mercado. Felicito a autora, a livraria e o público. PARA AS MÃES OS FILHOS NÃO MORREM é o grito lancinante de uma mãe; de todas as dolorosas, como o desejo de enxugar lágrimas, não apenas as suas, mas também as que se ocultam silenciosamente nos hospitais, nos asilos e nas prisões da cidade enorme.
Tempos mais tarde, ela voltou a visitar-me. Trazia um caderno escrito a lápis e apena, até mesmo com folhas datilografadas, onde havia rasuras, emendas em tinta vermelha e apêndices colados pelas margens. E também já possuía o mesmo título que tem até hoje. Fiz a leitura desse livro que surgia. Achei-o tão límpido e comunicativo com o leitor, que não pude deixar de felicita-la: era o trabalho de uma romancista nata, e das mais notáveis! O trabalho desta escritora representa páginas de sensibilidade e de ternura, é a exaltada narrativa da mãe que, tendo perdido a jovem filha, arrebatada mais cruel das enfermidades, não quis abandoná-la no túmulo para sempre e que, depois de servi-la em vida, até o ultimo instante continua a inspirar-se em sua memória. Dispondo de meios, Kate dedicou-se de corpo e alma a diminuir dores, a confortar aflições, a amparar os pobres de esperança. Seus passos leves e graves fazem-se ouvir todos os dias nos compridos corredores dos hospitais, nos pátios quietos asilos, junto ás grandes escuras e frias das prisões. Tornou-se o bálsamo para todos os que vai encontrando pelo mundo, com uma queixa nos olhos ou nos lábios, e tudo isso ela faz por amor da filhinha que foi durante a curta vida motivo, justificação e encontro de sua existência. Agora, a autora e distingue pela terceira vez com sua visita. Já se passaram muitos meses, e trouxe-me seu livro já pronto, para entrega-lo á gráfica (*), que o lançará dentro em pouco no mercado. Felicito a autora, a livraria e o público. PARA AS MÃES OS FILHOS NÃO MORREM é o grito lancinante de uma mãe; de todas as dolorosas, como o desejo de enxugar lágrimas, não apenas as suas, mas também as que se ocultam silenciosamente nos hospitais, nos asilos e nas prisões da cidade enorme.
Afonso Schmidt, Fevereiro de 1964
(*) Nesta ocasião, foram impressos apenas alguns exemplares para distribuição familiar. Somente em 2012 a editora decidiu publicar esta como sua 1º edição."
Páginas: 468
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Especificações Técnicas
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